DEPOIS DA MORTE
Depois de extravagância de teorias,
No seio dessa ciência tão volúvel,
Sobre o problema trágico, insolúvel,
De ver o Deus de Amor, de quem descria,

Morri, reconhecendo, todavia,
Que a morte era um enigma solúvel,
Ela era o laço eterno e indissolúvel,
Que liga o Céu à Terra tão sombria!

E por estas regiões onde eu julgava,
Habitar a inconsciência e a mesma treva
Que tanta vez os olhos me cegava.

Vim, gemendo, encontrar as luzes puras
Da verdade brilhante, que se eleva,
Iluminando todas as alturas.

Jaubert
 

 

HOme

Jaubert
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