Quantas luas passadas no véu negro da noite,

Contaminam minha alma em saudades cortantes

A tempestade fria, é verdadeiro açoite,

De tuas mãos em mim, lembranças constantes.

 

Oh, lua cheia, eras cheia de prazer, quando recordava

Daquela que amei, com tanta intensidade

E quando ias, oh lua, de manhã eu despertava,

Deste sonho vil, sem veracidade.

 

Tal qual  a petala de rosa branca

Assim a sua tez, em meu corpo... alucinante.

Ah, mulher; vem e arranca

A solidão dessa lua tão minguante

 

Solidão... saudade de quem tanto amo

Em minha memoria, a cada dia se renova.

Por isso, choro, me entristeço e clamo,

Para que voltes em plena lua nova

 

Contemplo a noite, ainda estrelada

Reluzindo um sorriso remanescente

De ver-te ainda nessa estrada,

 Retornando no brilho da lua crescente