Canta-me. Canta-me o teu fado
e conta-me as tuas mágoas
passadas na minha ausência.
Eu conto-te a minha vivencia,
as minhas aventuras em águas
longínquas, só, abandonado
buscando a riqueza sonhada,
em terras que não ouço teu canto.
E como lamento este meu fado,
correndo para todo o lado
esquecendo o teu doce encanto
trocado por amor não amado!
Canta-me. E conta-me o teu fado.
Eu conto-te a minha tristeza
em terras de exótico sol-posto
que me recordam teu olhar, teu rosto,
teu beijo, teu corpo e beleza
num amor tão longe e tão amado!
Conta-me. E canta-me o teu fado!
Que eu dedilho a nota fatal
em musica suave, ternurente
que me prende em sol do oriente
esquecendo teu beijo, teu mal,
a minha gente e meu passado!
Canta-me e conta-me o teu fado,
Que eu sou teu e regressado!
angelino
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