E por fim, Resta Um.
 
As ruas se estreitam,
Sinuosas como volúveis vontades,
Que alumiadas,
Só mostram uma direção.
O Consciente já
Não consciente está
De sua existência
Entre valores e deveres,
Amores e fugazes prazeres,
Esses quereres
Jamais poderes.
Um passo falseado,
Mais um corpo tombado,
Mas certo de que tocaste o chão,
Enfim, de sua existência
Estava certo então...
Pensamento acalentador,
Mas vão.
Certezas e incertezas se colidindo,
Fim e começo coexistindo,
Todos os sentimentos fluindo,
E no êxtase findo...
Dos sentimentos, resta um...
Resta a solidão...
Ainda que inseguro e sombrio,
Sobrepuja-se sobre todos, soberano.
Como sentimento lindo,
Apoiado na beleza do divagar
Da solitária lua nova...
À esmo de seu papel,
em meio a soturna noite sem estrelas.

Luan Mordegane Pupo
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