Vivo uma torrente de emoções.
Ininterrupta,
De fel e mel,
De transtorno abrupto.
Me leva torrente
Para minha queda,
Sempre assente,
Ardente e deprimente (à vista).
Que por vezes vou submergir,
Mais forte,
Mais fraco,
Mais emaranhado que nunca nas emoções que me destroem;
Me constroem,
Derrubam e fortalecem.
Dando a outra face sempre,
Sempre sem “bem” a recompensar.
Irradia corrente sem sentido,
Que eu aguardo a maturidade te encontrar.
Teu veludo áspero e bordô,
Vou ainda, a pontapés, esmigalhar.
Mas enquanto tua hora não vem
Toma uma lágrima pra ti,
Alimentando o circuito sem sentido
Da alegria e mágoa que vi,
Vejo e vivo, sem querer ver ou viver,
Ansiando o fim,
A queda de sempre (à espreita),
Torrente a me engolir.
São Paulo.
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