Vendaval do destino


 Vendaval
a balançar os sinos
Barulho, na velha catedral
O medo, nos olhos dos meninos
Vento forte a arrancar os galhos
Árvores a curvarem-se, gemendo
Na terra profundos talhos
Navalha da tempestade
Traz o engano do mau tempo
Natureza não tem maldade
Ohomem traça seu destino
Um dia foi feliz, um belo menino
Hoje é um covarde
Vento frio, que arde
Sonho de vida
Sobre as escadas, cruz destruída
Catedral na escuridão
Criatura assustadora
Em meio à confusão
Soluços do coração
Sentimento, tão tardio
Ser infeliz, vazio
 

Bruma Lilás - Taís
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