Timidez (dois) soneto.

Timidez (dois) soneto.

Não sei por que, mas você é tão tímida,
Ao seu lado não sou tão natural.
No entanto eu lhe daria minha vida,
Para livrá-la de todo e qualquer mal.
 
Se às vezes lhe sorrio embevecido,
É por amá-la muito afinal.
Sua alma se retranca revestida,
Nesta couraça de timidez tão formal.
 
Como crianças tímidas, medrosas,
Deixamos ir o tempo desfolhando
Pela estrada da vida nossas rosas.
 
Assim vou ti esquecendo hora pós hora.
Enquanto a sua timidez vai me recalcando,
Vou ti perdendo por este mundo a fora.
 

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Jose Aparecido Botacini
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