Adolescencia incoerente

Adolescência incoerente
Paranóia eminente
Só nós é que sabemos
Aquilo que nos vai na mente

De um estado de alegria
Oscilamos para a tristeza
E pensamos: que raio de vida
De nada tenho a certeza

Sofrem os que nos cruzam
Descabelam-se por não entender
Aquilo a que estamos sujeitos
Dois caminhos e só um a percorrer

Na verdade já todos o fomos
Adolescentes prepotentes
Mas a vida fez esquecer
As loucuras passadas nas nossas mentes

É preciso orientar
Compreender mas não fiar
Pois a cabeça de um adolescente
Passa a vida a oscilar

O tempo há-de passar
E ao olhar para o passado
Revemos o caminho andado
As loucuras e desventuras
As alegrias e os excessos
E aí acordamos
Pensamos e continuamos
Pois somos adultos
E a adolescência não causou danos

Joana Silva