Sombras do meu jardim

 
Sombras do meu jardim
 
Posso morrer de tristeza.
Perder-me dentro de mim.
Cair em um poço de incertezas.
Fazer das sombras o meu jardim.
 
Como vampiro sedento por sangue,
Saindo à noite pela cidade vazia.
Fico a espreita, esperando, estanque.
O escuro me protege, é o meu guia.
 
Despeço-me da lua, o dia já vem.
Caminho pelos cantos, não sou ninguém
Esgueiro-me pelas ruas e muros
 
Não tenho passado, nem futuro.
Sou uma sombra de mim mesmo.
Sou o que sou e vivo perdido... A esmo.
 
 

Paulo Siqueira
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