A existência humana, o absurdo da natureza
Quando tudo se destrói, pelas mãos de cada ser
A arte sem moldura, quando o olhar é impureza
Em cada quadro, que a beleza não faz erguer
A sua alma quando o amor não é certeza
No coração, que não dispõem em seu prazer
O colorido da manhã, perdido na correnteza
Da ambição que avulta, a prisão do seu viver
Destruindo toda terra, da poesia desta vida
Na estética quando toca, a tua mão sempre é cruel
No disfarce de tua face, o teu caráter de aluguel
Correndo contra o tempo, em sua luta perdida
Pelo mal que te espelha, um reflexo infiel
Que ao meu olhar, sempre serás um coronel
Murilo Celani Servo
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