Sentado na Varanda

Sentado na Varanda


Já não enxergo o balançar das arvores da minha rua como outrora
Havia algo de mágico em seus alvoroços
Pareciam festejar o meu passar
Acenavam de alegria quando me viam...
Aqui na varanda sentado nas sombras da noite
Vejo-as balançando aos ventos
Não são mesmos sentimentos que exalam
Parece agora acenar em adeus
Pressagiando a era que enegreceu
Anunciando o fim que se aproxima.
É triste sentir a tristeza da sua rua
A expressão nas linhas dos casarões
A distância que de repente encompridou as calçadas
Nos passos miúdos que o tempo freou
Todo um cenário em forma de nostalgia
Abraçam os pensamentos em devaneios desatinados
O ontem e o agora choram
E o balanço das arvores continuam...
Entre seus galhos sinfonia de despedida.

Jamaveira®

Jamaveira
© Todos os direitos reservados