Uma virgem a se afogar num rio
Milhares de pensamentos a escoar num manto vazio
Disfarces sobrepondo-se sobre face lavada
Ilusões dotadas de motivação que fornece respalda.
Tentativas em vão de liberdade
E um sonho imaculado que remanesce sem maldade
Inocência convincente que protege contra o mundo
O viver mais intocado que só indica cinismo profundo
Pétalas desfalecem formando impenetrado caminho
Melhor seguir neste agoniante momento, sozinho
A saudade deve ser esquecida
O esforço se faz em nome da cicatrização de toda e qualquer ferida
Um a um, é sempre assim
Os dias irão se passando e após perplexo hiato verás se esqueceu por fim
Nada restando senão a lembrança
Uma única verdade que por vezes invade com a paz que somente habita a alma de uma criança
Não há explicação
Nunca a mudar e sempre a espera do próprio perdão
Sugada, apagada, nada mais lhe pode reter, a não ser o outrora alguém sempre e lhe defender
Em meio ao falecimento das forças, agarra-se a divagações, ressurge a necessidade daquele um dia tão constante ser reaver
25.07.04
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