Nesta manhã chuvosa o tempo chora:
Pelo amor que nessa noite despertou,
Pelo coração que então se entregou,
E acordou novamente sem demora.

Chora neste dia, todavia, toda hora,
Pelo perdão que ainda não alcançou!
Levanta-se da tristeza que te humilhou,
Fostes humilde sempre em outrora.

Mas amor, nunca termina sem perdão,
E quando tal vida se torna contrita,
O ser grita, pela alegria retida na razão.

Basta tu, nessa agonia fervente aflita,
Despertar simplesmente o teu coração,
E novamente assim terás: a paz bendita.

Carlos Henrique Costa
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