UNIVERSO EM DESALINHO!

UNIVERSO EM DESALINHO!



UNIVERSO EM DESALINHO
 
 
Uma nuvem de tristeza abateu-se sobre o mundo. Poeira de terremoto destruidor. Que fere, mutila e mata. Devastador, como é a morte.
Os pobres estão mais pobres, os solitários mais sozinhos,
os desabrigados - ainda mais perdidos.
 
O que está acontecendo no Universo foge a nossa compreensão.
Ou não! Uma energia poderosa está enviando sinais à humanidade. Sinais evidentes de que a natureza também está ferida e o universo – em desalinho.  
 
Os homens não se entendem. O desrespeito pela própria espécie segue seu curso, sem reflexões de bom senso. Cada qual envolto em sua própria carcaça, sem um olhar de comiseração e amor por seu semelhante.
 
Frio e neve, enchentes e lama, incêndios destruidores, a fome,
a miséria, o descaso. Acidentes fatais, todos os dias,
nas estradas, nas cidades, fazem suas vítimas, sem piedade. Assaltos, tiroteios, seqüestros. A força do mal contra o bem...  Até quando? Estaremos regredindo no que deveria ser
a nossa evolução? 
 
O homem - criado à imagem e semelhança de Deus
– imaginando-se em berço esplêndido, envolto em sua teia
de ganância e egoísmo, não percebe a sua insignificância
diante da grandeza do universo.
 
A continuar esta cegueira universal, chegar-se-á ao ponto final
de destruição em massa, sem que encontremos um rumo.
Não haverá um único fio de esperança em que possamos nos apoiar e, então, teremos a consciência de que nada terá valido a pena.
 - Nem mesmo viver!
 
(Milla Pereira)
 

Crônica escrita a partir da observação das grandes tragédias naturais, especialmente a do Haiti.
Milla Pereira
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