Aquele ser que grita e esmorece em mim
Não aquieta-se, não dorme nem padece...
Ele está aqui, gritando. Querendo saltar
Amar, lutar , desejar ... Olhar-se!
Em meu íntimo, há a escuridão de meus dias
Os gritos dos meus desejos nunca atendidos
Sempre tão recônditos, espalhados... Estáticos
Indo e vindo, nas ambivalências do meu ser
No mais profundo infinito que há em mim
Eu tropéço, caio e não consigo levantar-me
Choro por dentro sem conseguir lavar-me
Eu apenas sofro, padeço, caminho e desapareço
Já não escuto mais meu som
Meus desejos estão murchando...
E meus olhos estão perdendo-se
Sempre Tristes, ofuscados, totalmente dilacerados.
Samuel Lima
© Todos os direitos reservados
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