Centelhas e luzernas prolíficas
Andaluzam imponentes canções lascivas.
O sol irradia
Ogivas de miséria, banzo, amor, alegria
Sobre os poros que umedecem a janela d’alma da vida.
Brumas do assíduo precipício
Colonizam-me a ermida
Das caras utopias.
Ergo jardins botânicos da viscosa manhã de esperanças
Sobre a imensurável estrada renitente
Das minhas mentais móbiles-errâncias.
Temeridade, padecimento e sageza
Deambulam --- de mãos dadas ---
Pelos parques, avenidas,
Becos, países, congostas ou sinuosas vias
Do loquaz silêncio que habita
O casarão das vivências incontavelmente vividas.
Ah,
Reinos da lírica distância,
Vocês são artesãos
Que modelam a massa das ilusões
E das lembranças!
Ah, sambódromos do sentimento,
São senhores e artífices que erigem
Castelos de alvenaria da amorosa razão,
Infelizmente oxidados e demolidos
Pelo salitre do MAR-TEMPO-LIMÃO!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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