Violante pediu a Vega um soneto,
Ana pediu-me para versos ensinar.
E para isso vamos condições criar,
De angústia e paixão, e eu prometo.

Que será de mentirinha, fingimento.
Imagine o poeta na chuva gelada,
Debaixo da janela onde sua amada,
Com o amante, do seu sofrimento!

Ri às gargalhadas!Ele em matar,
Pensa, e morrer!Arma ele não tem...
E resfriados são difíceis de curar!

Então vai pra casa para versos fazer
Tomar banho, se cuidar muito bem...
Buscar novo amor para amar e sofrer!

Em casa, gripado, faz muito frio e chove. Mensalões, políticos e tudo mais acendem um certo cinismo. Vai daí faço esse soneto.

Em casa