O ABOIO DA INDIFERENÇA

 
Em terra de mortos a vida não tem sentido...
Em terra de tolos o “esperto” vive escondido...
 
Naquela noite vaguei!
Sem preferência de cor...
Sem coerência de humor...
Sem resistência ao amor...
Naquela noite vaguei!
No antro da nobreza...
Carrancas de avareza...
Um poço de franqueza...
 
Em terra de cego, quem olha não quer enxergar...
Em terra de surdo, quem ouve não quer escutar...
Em terra de mudo, quem fala não quer dizer...
Em terra de fraco, o forte não quer vencer...
 
Naquela noite vaguei!
Catei a mamadeira...
Calcei minha “chuteira”...
Entrei na brincadeira...
Naquela noite vaguei!
Compartilhei o aroma...
Dessa imensa redoma...
Onde a corja doma...
 
Em terra de tristes, todo sorriso é igual...
Em terra de bobos, o “louco” é genial...
 
Vamos cantar o aboio da indiferença!
Segue o comboio da cruz...
Viva a negligência!!!
 
 
Marcelo Soares, 31.07.2008
 

Marcelo Soares
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