Há um buraco no chão
E não se sabe onde dará...
Há uma cratera no chão,
E só o nada se enxerga.
Nada. O nada na cratera
O nada no buraco
O nada em mim.
Nada... Nada... Nada...
Eis que o nada,
Justamente por o ser,
Por sua vez alguma coisa é:
O nada nada mais é do que ausência.
Ausência que silencia
Um peito vazio
Já a ponto de explodir
E expandir todo o nada que nele existe.
Juliana Oliveira
© Todos os direitos reservados
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