Amo-te, venero-te... Mas, sem tantos mistérios.
Embora, renege-te, te quero com sôfrega paixão.
Possuo neste pequeno invólucro
-meu já tão sofrido coração-
Uma amarga e doce abnegação.
Assaz inquietante e perturbadora,
Que aos teus pés, relegou-me
A olhar-te perdido
Em teus pensamentos mais sublimes,
Admiro-te
Qual uma obra prima criada por Deus.
E é neste recanto solitário,
Cujas paredes me enquadram,
Que te chamo...! Chamo...! Chamo...! Repetidas vezes!
Procurando absorver este momento,
Que em ti se dilui em vão.
E toda esta tristeza dissimulada,
Subordina-se a este amor deveras almejado
Que me impõe, de sobressalto,
Agir, assim, tão alucinadamente incoerente...
Querendo-te, te odiando,
Fugindo e te amando.
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Jaci Leal Santana
© Todos os direitos reservados
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