Rimas de amor? Disseram que já era!
Mas eu não penso asim, a primavera,
Retorna a cada ano felizmente...
O círculo da vida se repete,
E cada um de nós, certo compete,
Raciocinarmos pia e livremente!

Portanto admiremos a candura,
Daquela  rosa, a destilar  ternura,
Do seu botão à flor, santa inocência,
Dentre milhares de outras obras primas,
A rosa é tão somente uma das  rimas,
No eterno poema da existência!

Quando se vê à tarde, em sombras, fria,
Toldando a tela perenal do dia,
No parque, a solidão entra de luvas!
Ouço a vibrar ao léu, num vago giro,
Os poemas de amor de CASIMIRO,
Na transparencia líquida da chuva!

Rimas de amor? contemplo-as no todo,
De um lago muito azul, e até no lodo,
Onde florescem lindos lírios puros!
Dos jardins, aos desertos mais agrestes,
É que contemplo os querubins celestes,
Ensaiando os poemas do futuro!


Rimas de amor? Em tudo mesmo assisto,
A Obra Magistral do Eterno Cristo,
Desde o ciclone bruto, à brisa leve...
No universo, este Salão de Arte,
Tudo que existe, é uma simples parte,
Dos poemas de amor, Deus escreve!

Édison Palmer
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