Meu barco chamado coração,anda sem rumo ao sabor das tempestades;
Cada balançar do vento traz uma nova dor, uma cor mais escura ao céu do meu velejar;
Singro meu barco de amores e angelicais sabores pelo mar dos acontecimentos;
Em meu diário de bordo não sei mais o que devo escrever;
Minhas aventuras tão sorridentes , cheias de esperanças e carinhos pelas ondas do viver;
Fazem da folha de papel o descanso da alma que sofre aos trancos das ondas do mar;
Quando o eco de uam voz solitária ninguém pode ouvir;
Ninguém pode acudir, socorrer, entender;
As areias do tempo levam e trazem a tona tudo oque se é, oque se passa, o que se vive;
As palavras arrastadas pelas correntezas tristes do meu pensar,do meu sangrar;
Onde meu barco vai atracar?Onde a âncora da razão vai aportar os sentimentos;
E eu marinheira vou parar de amar demais?
Quantas perguntas eu me faço e me refaço ao olhar a lua refletir meu rosto cansado no ondular do mar;
Sem saber como continuar ,e onde buscar um outro mar pra velejar;
Mais manso, mais amoroso, mais dengoso;
Sem mentiras, sem saídas que não existem,que não acontecem.
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