Mórbidos dias alcançam-me como a suave neblina em teus olhos
Atrativos rotineiros prendem-me como cobaia em liquidação
Apesar dos sorrisos e dos gestos alegres, nada se completa
Surtos momentos de desordem após um dia de paz, digamos, sensação
Dia dos pombos figurativos, mês para a celebração de algo
Festejam por coisas, por coisas festejam. Eles. Não eu.
O amor, exceto o ágape, não existe ou não coatua em nada
Um mês. E uma data precisa. Uma dia para todos. Não meu.
Roubaram! Roubaram! Ouviram-se os gritos da multidão!
E rapidamente juntaram-se aos bárbaros
Mataram! Mataram! Ouviram-se o esbravecer dos indignados
Enterra-o! Sepulta-o! Acaba a passageira procissão.
Pombos, lagoas e parques...
Exalam perfume e defecam mentiras.
Dia dos pombos. E provei que nada era verdadeiro...
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