Rastejando
Por entre os constrangimentos e afogamentos diários
Entre lixo emocional plastificado
E papeis de balas ácidas degenerativas
Para trazer um pouco do fedorento ardor do amor
Que logo se transfigura em decomposição
Após o efeito deste suplicio, uma vontade de comer o próprio cérebro...
E adiantar a queda de pressão
Já que o prazeroso parece só atrair destruição
E nos torna cada mais (in) capacitados de (sobre) vivermos longe de qualquer órgão genital
Adoraria observar seu corpo por dentro
Para lhe provar o quanto és podre, meu bem...
Mas mesmo assim acharia que sou apenas um manequim depressivo
Sem alma, sem cultura e sem idéias...
Que a qualquer momento poderá destruir sua vida profissional
O que escrever agora?
Estes minutos decadentes
Tornam-se fluorescentes à noite
Quando as bocas não precisam ter sentido ou dentes
E os olhares saciam qualquer frustração amorosa
O buraco corrompido desta vida
Encontra-se a baixo da cintura
Cheira bem e lhe deixa apaixonado...
Mesmo que não o toque ou coma
Ame-o!
CA-K:
16/04/2009
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