Sou a “morte”, doce e pura “morte”.
Todos que um dia viveram virão até mim.
Até as terras longínquas do imaginário.
Transfigurados pela dor da realização de seu mais árduo desejo.
 
Não importa quanto tempo leve,
Não importa como seja.
Um dia eles irão descansar no sossego da minha presença.
Todos, sem nenhuma exceção.
 
Todos virão até mim,
Pois sou o único destino real,
Revestido por uma névoa de enigmas.
Enigmas que contrariam a razão e compreensão.
Quebrantando todas as barreiras da vida.
 
Sou o mensageiro da vida.
Ninguém à de viver senão a me encontrar.
Ninguém à de sonhar senão comigo.
Todos serão fábulas para a minha epopéia.

F. Alves
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