Vivo só... tão só... tão sério...
E a cada dia é triste minha sina,
É finda a esperança num peito velho
E da morte a espera me alucina !
 
A noite é tão espessa longe dela...
A quiz, o descanso eterno, na meia-idade,
Sempre fui tão jovem nos braços dela
Hoje? sou mais velho que minha idade !...
 
Não me é consolo mais eu ser poeta,
Amargou-se a fonte em meu peito
E nem mais vosso sorrizo me afeta!


A ela vou-me embora daqui a um tempo,
Pois foi ela meu sonho, minha luta e meta,
Por isso, deixe-me asilado aqui... quieto !

Elias Beraldo da Silva
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