No peito, marcas que tento apagar,
na alma, vincados os sonhos que ainda restam...
Nos olhos, misto de fim e começo,
no coração, batidas descompassadas, aos avessos,
prenunciam vida e recomeço...Novo endereço.
Na mala, vastas e ricas experiências.
Recair nos mesmos erros? Reticências...
É preciso tentar, dar a cara a tapas,
viver o novo, talvez desconcertante etapa;
rasgar fotografias amareladas
que fazem sofrer e não levam a nada.
Abrir cortinas e janelas,
deixar o sol entrar, inundar...
Mesmo que por uma fresta.Que festa!
Ver lá fora a esperança voltando
e o amor timidamente bater à porta...
Vou abri-la!O resto não importa.
(Carmen Lúcia)
imagem:L-U-N-A
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele