Um Pássaro Cigano...
Não é um ser migratório,
É um “não ser” problemático,
Um dia, tudo é satisfatório,
Em outro, tudo é sorumbático.
Voa na imaginação obscura,
Muitas vezes cai sem visão,
Obstáculos, ele os procura,
Por nem saber qual sua razão,
Deixa o ninho, não por livre que é,
Voa além do que deve, e se cansa,
E aí espalha um canto agourento.
Tal qual um choro, lamuriento,
Como a manha triste da criança,
Um canto sem cabeça, nem pé.
De repente saiu...Em casa...
Felix
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