O que somos?...
                Quem somos?...
                               Sem amor?...
                                            Sem amar?...

Sou casulo
Sou folha verde
Sou libélula encantada
Mas sem amor? Não sou nada

Sou cacimba
Sou água a jorrar
Poço seco, sem amor...
Mendigo sedento a chorar

Eu renasço a cada dia
Pulo, canto! Sou só alegria!
Se me amam, me encantam.
É morte à dor e a melancolia

Quem sou eu sem amor?
Sou um nó na linha da vida
Dolorida e carcomida
Sinto que não passo
De mais uma alma enxerida

Entrando em muitas vidas
Saindo sem despedidas
De encontros repentinos
Totais e completos desatinos


Sem amor?
Eu não sou nada
Por amar menos ainda
Meu amor? Nada é meu
Porque esse amor... E´ todo teu.

 

 

Denise Figueiredo
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