Na penumbra da noite

as pessoas passam desapercebidas,

uns esbarrando nos outros

num murmúrio intrépido, rastejante;

na calada do aconchego,

uns veem a sereia deslumbrante

a roçar com seus seios a areia clara.

 

Bárbaro é teu espelho;

tua calda se funde à

imensidão marinha;

dividida entre a terra e o mar,

contempla os dois mundos.

 

Foge, tudo foge, ela foge!

 

Ao Oriente, encontra sabedoria,

Ao Ocidente, gente miúda.

 

Vai Iara, deixe os homens em paz.

Só volte ao meu chamado!

Você vive, em meus pensamentos.

Como é doce a sua falta.

Renato Fiaschi
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