Ouve Senhor! O silencio dos desvalidos
Que mendiga na rua um pedaço de pão
Ouve Senhor! O triste cântico das crianças
Que abandonadas vivem na solidão.
Ouve Senhor! O grito das meninas prostituídas
Pelos homens insanos e irracionais
Eles mutilam a inocência das crianças
Que abandonadas vivem na solidão.
Ouve Senhor! O bramido dos que se drogam
Fazendo a viagem da vida embriagados
Pois a vida não é uma droga da vida
Aconselha Senhor! Esses jovens viciados
Ouve Senhor! O clamor das florestas!
são as árvores tombando inertes ao chão
Ouve Senhor! O choro silencioso das matas
Sucumbindo na covardia da devastação.
Ouve Senhor! O ciciar das águas
Dos mares e rios agonizando na poluição
Renova-os Senhor, consternados eles choram
Nas margens feridas pela destruição
Ouve Senhor! O gorjear dos pássaros
Dos animais fenecendo, como se a vida fosse em vão.
Ouve Senhor! O gemido exaurido de morte
Das espécies vítimas da extinção.
Ouve Senhor! E lança tua luz nessa penumbra
Acende uma tocha nas trevas da humanidade
Pois que os homens são vítimas dos homens
E a vida é vitima da maldade.
Eis que a vida não é um lamento
È um cântico de amor e eternidade!
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