Às margens do meu sonho

o mundo vomita sobre

os homens

o dia,

o café amargo ou doce demais,

as recordações tristes que insistem,

as pequenas alegrias,

os comércios de sempre:

o preço do pão,

a gasolina,

a página impressa.

Às margens do meu sonho

dragões cospem fogo

nos capinzais da razão humana.

O dia de hoje não precisava deste apontamento.

Sergio Leandro
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