Por que parei de brincar com as palavras?
Ou foram elas que pararam de falar comigo?
Talvez porque eu viva em meio às pragas,
Elas não conseguem em mim achar abrigo.

Um abrigo que não posso encontrar.
Talvez por causa da embriaguez dos meus olhos,
Que estão cegos pela fadiga da viagem...
Uma viagem muito longe de acabar.

Pelo caminho, vou descobrindo coisas
Que nunca ousei tentar imaginar:
Harmonia, cor e poesia!
Substância natural deste lugar.

Mas gostaria de estar sóbrio para poder sonhar;
E assim sorrir pra lua, e ela pra mim.
Ser amigo das estrelas, e descansar!
Seria ótimo... ótimo se fosse o fim.