Não é preciso Ser para Saber...

Decidi também trabalhar em perspectiva sobre as pessoas e coisas que me rodeiam e me surpreendi  com minha conclusão que aqui reparto com vocês: notei com profusão de detalhes que a maioria das pessoas julgam o tempo inteiro, e pior, com uma convicção que nem os togados têm quando estão investidos do ato de julgar... Notei que muitas vezes as pessoas creditam que "se é mãe", sabe o que está fazendo.. "se é professor", sabe o que está ensinando... "se não é mãe", não pode dar palpite sobre filhos, "se não é professor", não pode saber ensinar... "se está rico", é porque é inteligente, "se se está solteiro..." e por aí vai... e cheguei a um denominador interessante em todas estas e demais situações similares: não se precisa ser... para saber como fazer... mulheres que adotam sabem ser primorosas mães... amigos que nos ajudam a estudar porque querem o melhor para nós, praticam atos desapegados de interesse, e muitas vezes não estão licenciados para o ato de ensinar, e podem ser mais brilhantes que muitos professores que já tive na vida... portanto, o denominador comum de todas estas questões é somente o amor... o amor desapegado da entrega somado ao humor que envolve as relações... me sinto piegas escrevendo isto, mas é o que concluí: não sou mãe mas quando cuido de pessoas, me sinto apta a fazer as melhores escolhas... não sou professora, mas quando decido dividir, entrego o melhor de mim e percebo o quanto ainda tenho que aprender... Enfim, lembrem-se de qualquer fato recente ou remoto em suas vidas e percebam que não é preciso ser alguma coisa para saber como é que faz... e que uma desculpa nunca é uma razão.... O que precisa sim, é querer fazer com amor e desapego, se bem que uma pitada de irreverência e bom humor sempre ajudam a calibrar qualquer relação... o resto na hora a gente, como que por encanto, faz com maestria mesmo!

Ana Luiza Alves Lima
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