E dos ventos frios, o frescor d'alma cansa,
No cansaço, com temor, dê a vida a nova dança,
Com passos lentos, lentidão d'alma cansa.

Quando suave, é o brilho, esperança.
Descanse bem, pois uma hora, d'alma cansa.

Se tão pouco, pouco dorme,
Durma agora, mas acorde.
Descanse livre, plenitude,
Valha-se de juventude,
Pois ainda jovem, d'alma cansa.

E se assim for pra ser, sempre dormirá,
Se assim for pra ser, um dia irá acordar.

Quando acordada, outra vez, d'alma cansa,
E quando cansada, descanse novamente,
E de novo, eternamente,
Pois o sempre, d'alma cansa.

E nada nunca fica no final, apenas o cansaço no vácuo de tudo que foi ou não feito...

Dedicado ao cansaço...