Olhos

Não obedecem e transmitem
O que nos vai em plena alma,
Não mentem, transparecem
Muitas vezes sem calma.


Convidam aos misteriosos
Trilhos do infindável prazer,
Guiam-nos, levam-nos,
São peritos em reconhecer


Como uma janela entreaberta,
Deixam espreitar, adivinhar,
O que está debaixo da coberta,
Mostram o receoso coração corar.


Porque foi então descoberto,
No aconchego do peito a bater ,
Nem de longe nem de perto
Livre de nesse olhar se envolver.

Para que associem a cara ao escritos!

Ficam os meus olhos e o meu sorriso!

Algures....

Bruno Dias
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