Delírio do Amor


No delírio do amor
a sonata esvai-se
na penumbra de um Sol
esquecido pela tempestade

São lágrimas de miosótis
na queda lenta
quando a sonata
é ao luar meio apagado

É um piano solitário
por trevas na rapidez
suave de mãos firmes
em lanças de ternura

O ser torna-se
esquecido pela melodia
na suavidade do pianista
por terras de Beethoven.
 

Pedro Valdoy
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