Pobre, puta velha, nas esquinas da vida, Já envelhecida com esperança de um cliente, seja ele quem for, pois ela nunca trabalhou a não ser emprestando o prazer momentâneo e voraz.
Mas na mocidade era requisitada, assediada, valorizada. Hoje não mais os anos se passaram e com ele levaram todo assedio e beleza que um dia tivera ela, e seu futuro ficara incerto e sombrio como os becos das ruas onde se escondia.
Hoje tenta arrumar um cliente, para dele tirar um qualquer e saciar a fome que um dia não sentia e hoje é o que mais irradia.Da pena em ver que aquele corpo já não corresponde a aquele espírito que ela mostra ter.
As rugas do tempo sendo cruel; mas fiel a sua profissão não desiste e esta ali naquele ponto onde há anos atrás cobiçada era. Hoje o único olhar que lhe é lançado são os de pena e preconceito.
Pobre, puta velha, ela de cobiçada hoje descartada, esta mais experiente, fez se conhecer as artes do prazer tanto do ocidente quanto do oriente, mas o tempo que não para deixa marcas, também deixadas como cicatrizes por um mais afoito, e aquelas deixadas pela sociedade que lhe usou enquanto frutífera era e beleza florescia.
Tens a profissão mais antiga e lhe é negado o direito de descansar, se aposentar, sociedade cruel que tanto dela usou. Hoje a descarta como lixo esquecido largado como um móvel ao tempo para que ali apodreça, pois hoje o único direito que tem é o de morrer e assim o descansar será eterno ou até que renasça como gente, pois para ser puta tem de pensar La na frente.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença