Segunda-Imunda

 
Estando entre os pensamentos e as conclusões do amor
Com a vida e a decorrência das (des) graças
Cansou de acreditar
Enojou-se do seu amar e respirar
 
Avistou outro cachorro morto na estrada, brilhando pela manhã
O reflexo da imundice, recém acordado
Raptou os costumes e analisando-os
Com fungos da mente e o leite do café
Engoliu o fel da memória retorcida pelos vícios de pieguice bárbara
Que já não fede mais, tanto...
 
O sol poderia se apagar na sua mente
Mas não o fará!
Para lhe deixar frustrado com simples sensações...
 
Você acredita neste cumprimento desregrado da vida?
 
Simples coisas com poder de aniquilação total
Insignificantes são os seres (in) fiéis com suas (in) felicidades
Quanto à pedra, a árvores e o esgoto
Lamúria...
 
Trin...
Trin...
Já se foi com esgotamento da alma
A fagulha de esperança e as moedas que serviriam de ânimo a sua perturbação (in) satisfatória
Pensou...
 
Pensa tanto...
Que nem se lembra mais do último suspiro do seu espírito plastificado
Ainda se lembra da sensação de ser criança e estar num mundo cheio de bactérias?
Acredita na chance de ser o que quiser?
 
Trin...
Trin...
Passos de ninguém na escada
A luz brilhando e os olhos fervendo
O sangue passado e as roupas e a boca bem perfumados
Com a percepção toda queimada pela sensação quente que sentiu
A tarde tentou se lembrar se prefere existir ou desenhar.
 
CA-K:
08/09/2008