Dentes Encarniçados


 
Na sua boca
A vergonha maltrapilha da sua voz
Fugida da véspera do desespero
Angustiado sem defecar
A sua mentalidade decai em todos os instantes que questiona
 
Seus dentes brancos no amanhecer sem ninguém
E seu retrato contorcido de abolições decepcionadas
O desastre da psiquiatria ineficaz
 
Enquanto mastiga
As profundas e leves peles caem
Sentem-se cada vez mais afastadas do seu antro de benignidade
 
Sua inocência perdida
Dos seus olhos escaparam amarguras
Que ninguém ligou
Nem ao tempo tornou a ver os resquícios desastrados
Desse passado tão inseguro e fumante
 
Na pureza de sorrir
Sufoco para dormir
Com preocupações e lesões pulmonares
A vida distingue os fatos
E os atos retardam o nosso compromisso conspiratório
 
Antes que o inverno perceba as suas tentativas frustradas e solitárias...
Você tentará mostrar-se enquanto há tempo para viver  
E ser algo para comprar,
Para antes de o verão beirar o pensamento, não precise mais respirar
 
A sua pele
E os seus ossos
Nenhum ser quis cuidar por prevenção
Rejeitaram a virgem brilhando sodomia e luxuria
 
Mas os seus dentes amarelos
Todos notaram!
E tornaram a rejeitar e gozar...
 
CA-K:
11/06/2008
 
 

Hipocrisia, sorriso amarelo e coisa e tal...

(...)

CarbonKid87
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