O dote (Soneto Medieval)

O dote (Soneto Medieval)

Sovado, o aço sobre a fria bigorna...
Cede aos encantos do ferreiro;
Trabalhado, ganha nova forma...
Enfeitando a porta do novo celeiro.
 
Nas mãos habilidosas do carpinteiro
A árvore, em tiras paralelas se transforma,
Uma a uma cobre o grande tabuleiro,
Onde o trigo já colhido se entorna.
 
Uma jóia preciosa, cheia de sentimentos...
Menina moça, bela e faceira, ainda solteira,
Descerra o seu véu, a um belo mancebo solteiro.
 
Da terra se fará o dote coberto de belos encantos...
Onde o sonho se tornara um amor puro e verdadeiro,
Unindo dois corações que se amarão a vida inteira.

Agradeço a todos pela visita se possivel for deixem um comentário ou uma simples critica.