PÁSSARO DE PRATA


Nada importa, nem vitórias, 
nem sucessos.
Apenas ecos a desbravar a memória.
Cessa o olhar e a voz,
Distante da terra, perto do céu,
A sós.
Um olhar na partida,
Um olhar que separa,
Por vezes, o aperto de mão,
O coração dispara.
E a força da máquina,
Com asas de metal,
Pássaro de prata, afinal.
Leva para longe o sonho,
Deixa na terra um ideal.
Desvendar através do tempo,
O pensamento.
Sobrevoar no vento,
Enquanto há tempo.
Permanecer atento,
Sem ficar no esquecimento.
Pairar no ar por um momento.
Sentir a glória, fazer a história,
Que continua para sempre na memória.
Bravos! Bravos!
Asas de metal,
Sobrevoando agora,
um planeta real.
Planeta da paz.
Pássaro de prata.
voa e nos céus ressoa,
O adeus final. 
 

Blumenau S/C

Maria de Fátima Martins
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