Gira mundo, antigo mundo,
de rainha e reis, de arranha céus,
demente a selva, a relva, de cimento armado.
Visto por todos os lados, pião que gira.
Impulsionando rodas, acopladas na engrenagem da tecnologia,
essa mesma que produz modernidade.
Pelo visto não para de girar sobre a cabeça.
Catacumba em cada momento.
Moto-serra que serra a mata,
serra acima, serra abaixo, no nível do mar.
Buraco a vista que eu tenho medo de espiar,
mas não se assuste!
– Vão-se os dedos e também os anéis,
de OURO, PRATA e toda rigidez do FERRO.
Herdei o trauma de quem não se acalma,
sou mariposa reboando lâmpadas,
num ritual sem parar, numa decadência sem fim.
Cidades entre paredões
vivendo como peixe fora d`água.
“O homem quando quer é um ser irracional
em relação seu potencial”.

Toninho Aribati
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