Chaga
Carne apodrecida em camas desforradas
Flagelo de vida desregrada
Diante do espelho visão que enternece
A alma em fogo derrete.
Parida da mesma ferida
Prospera tal qual doença sem cura
Corpo jogado ao deus-dará
A lama da desventura teu lugar.
Já sem identidade olhar cabisbaixo
Urubus rondam teu abrigo
Todo amor monte de carniça
Predadores lambem tua ferida.
Triste manhã banha tua face
Acende na parede do quarto mofado
Maquilagem que esconde o disfarce
Coração desconhece dignidade.
Jailson Marques de Oliveira
(Jamaveira)
João Pessoa
Jamaveira
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