Embevecido ao te ver à minha frente,
Esqueço tudo que eu tenho a falar-te
Com esmero, o fazer tão comovente,
Apesar de não ser esta a minha arte!
É que a minha timidez me atrapalha
Sempre que tento expor o meu afeto,
Minha voz se entorpece e logo falha,
E eu me sinto como um reles objeto!
Esta ânsia me encabula na conquista
Do amor, me deixando, sim, nervoso,
Inda que não enverede em falsa pista!
Meu arrogo é porque não sou ditoso,
E, ainda tendo eu o dom de altruísta,
Foge a sorte do meu êxtase amoroso!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 21 de abril de 2008
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