O ANJO E A TEMPESTADE

O ANJO E A TEMPESTADE

  O ANJO E A TEMPESTADE Dê: Agamenon Troyan Um trovão retumbante ecoou pelo firmamento Trazendo consigo mensagens de flagelo e destruição. O desespero tomou conta do pequeno vilarejo, Seus habitantes, pegos de surpresa, precipitaram-se. Os ventos tornaram-se cada vez mais fortes...   Os nobres trancaram-se em seus castelos Enquanto a plebe disputava espaço em choupanas, O trovão rugia ameaçadoramente, Apavorando até mesmo o mais valente dos aldeões. Os tementes suplicaram aos céus por misericórdia, Crianças, sem mácula, jaziam estáticas de pavor. O céu escureceu engolindo a claridade, As trevas e a escuridão uniram-se pelo mesmo objetivo.   Não se encontrava um só profeta, Nem mesmo um cético, Apenas futuras vítimas do imutável armagedon. Subitamente um anjo apareceu, E tocando sua trombeta A terrível ameaça a fez desaparecer. Um grito de louvor foi ouvido por todas as nações.   Não pronunciando uma só palavra O anjo novamente tocou sua trombeta: Desta vez, versos caíram Umedecendo de humildade orgulhosos corações.   Poesias cheias de esperança e salvação, Sopraram sonetos, Carregados de amor e afeição...   E nesse milagroso momento, Eis que nobres e aldeões se abraçaram, Sem orgulho e submissão, Nas ruas, nos bosques, Nas choupanas e castelos Agora sem divisão... . [email protected]

MACHADO-MG

Agamenon Troyan
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