Eu sou a poesia
na quietude da noite
por campos sedentos
amados pelos homens

Eu sou a neve
Que desliza por montes e vales
de grandes altitudes
na masmorra do silêncio

São amarguras
Memórias do passado
quando o rio desliza
em direcção ao mar

Eu sou a estrada
em devaneios infantis
cobertos da ingenuidade
no sentido correcto

Enfim serei eu
para o caminho
incerto na continuidade
de uma ruela esburacada?

Pedro Valdoy
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