Por pouco...
Talvez, se não fosse por ele
ainda estaria lá,
por muito pouco mas vou registrar.

Houve o salvador
que não quis saber de apelo.
A taça....
Taça da vitoria amarga,
queria, a perfeição.
Me deixou no chão,
sambando, atras da sapatilha,
sambando, atras do carnaval,
e o vi passar...

vi muito alem do olhar,
dei passagem aos passistas,
atravessei os ritimistas,
dobrei a esquina,
espiei de longe uma ultima alegoria.

Chovia.
Pensei até em voltar.
Aparece buzina, o desfile começa.
Vou de lado, pela paralela.
Nos braços o corpo do bufão,
em procissão cadavérica ladeira acima,
em negação indiscreta ladeira a baixo.

Acreditem, foi o fim.
Carnaval.

JF

Felipe Assunção Mussel
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