A vida é breve na ilusão do tempo
e eterna na ilusão da dor,
da dor que goza feito o amor,
da dor que fere, a indiferença
o peito, com ardor do que nunca foi
por não ter tido coragem de verdade ser.
Penso, desisto de encontrar alguém,
porque nunca pude possuir
os prazeres que um dia achei.
Mas nada posso ter a não ser que me seja dado
sem garantias ou futuros, sem segurança...
Livre como um pássaro
que a qualquer instante pode morrer.
Tenho apenas a chama que acende as ilusões,
a própria vida... existir não basta
se não brincar... brincar com você
de qualquer coisa... ou apenas rir...
foi tão breve brincar de amar
porque essa ilusão tem sabor sem fim.
A vida é breve na ilusão do tempo
e eterna dentro de mim, como você.
Vitória, 2000
Agnideva
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