AMOR

Canto o sonhar dos pássaros engaiolados
Que na esperança do amanhã
Cantam o sonho da liberdade
Eu sonho, ser livre pra dizer o que sinto.

Canto a chuva, no seu cair de mágoa
Que na beleza da transparência
Eu sonho, o sonho de ser livre
Pra ser as lágrimas de outros que choram

Canto o mar, em sua revolta
Que como o espírito daquele que ama
Revolta-se ao seu sonho de ser livre
Pra tirar de si a clasura da chama

Canto a dor da brisa que passa
Que toca a todos, mas não deixa marcas
Que sonha em ter lugar...
Se irrita, vira vento, mas vive solitária

Eu canto o canto da sereia
Que canta pra ser aclamada
Sonha em ser livre pra alcançar a terra
Mas que mata a própria figura amada

Canto o canto, do coração dilacerado
Que é o mais vívido e belo canto
Porque sonha em ser livre da tristeza
Vinda do mais sublime sentimento

Canto a escuridão da alma
Que canta como o mar, e a brisa
Que sonha como a sereia, e o coração
Mas é um pássaro que sobrevoa na chuva...
A liberdade de ser um amante...

07/12/2007

Paloma Andrade
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